Friday 8 March 2019

Percorrendo a Great Ocean Road

No dia do natal deixamos Cairns e partimos rumo a Melbourne, depois das despedidas dos muitos amigos que fizemos no curso de inglês e na cidade, nos despedimos também da família que nos acolheu durante esses meses, muito obrigado Ryan e Naz.

Assim que chegamos ao aeroporto de Melbourne, Machi ficou esperando para retirar as malas e o Ubaldo foi correndo retirar a campervan (motor home ou algo assim) que seria a nossa companheira de aventuras para os próximos dias. Todas as pessoas estavam naquela correria de final de ano, com vontade de fechar tudo, afinal era véspera de natal. De pose da campervan partimos rumo ao Parque Nacional Grampians, não sem antes fazer uma parada para comprar provisões para os próximos dias. Depois de dirigir pelos primeiros 300 km dessa nova aventura chegamos ao parque e fomos direto para um mirante para ver o por do sol, no final desistimos porque já eram 20:30 hs e nada do sol entrar.
  
Fomos buscar um lugar para estacionar no parque, para variar escolhemos um lugar grátis, onde fizemos o nosso jantar de natal, composto de vários queijos, presunto de Parma e um vinho que ganhamos dos nossos amigos. O melhor da noite foi o céu cheio de estrelas... estar num lugar onde é possível apreciar o céu estrelado sem intervenção do ser humano não tem preço!! São lembranças como esta que fazem que todo tenha valido a pena.





















No dia seguinte fomos visitar o Monte Zero, o nome foi dado pelo explorador europeu Thomas Mitchell, que escolheu este nome, pois era a montanha mais ao oeste da cadeia de montanhas. Depois de uma árdua trilha conseguimos curtir a vista. Mais tarde fomos fazer outra trilha e pelo caminho tivemos o nosso primeiro problema da viagem, o pneu traseiro explodiu! Por sorte, foi só isso, um susto. Depois de descobrir como trocar a roda, seguimos viagem novamente, segundo Machi parecia uma roda de bicicleta (pena que não temos fotos), mas seguimos viagem hehehe.





















Fomos primeiro ao Halls Gap e o melhor foi que encontramos um lugar com tomadas de graça! Então antes de visitar qualquer lugar fizemos um pit stop ali mesmo para recarregar a bateria da câmera, na noite anterior tínhamos esquecido. Baterias carregadas! Fomos até o topo dos Pinacles, apesar de ser uma trilha bem pesada a vista faz tudo valer a pena. Depois de tirar varias fotos e alguns momentos de contemplação, voltamos até o lugar onde estacionamos a campervan para descansar mais um pouco e depois procurar um lugar para tomar banho e dormir.





















Depois de dirigir por quase 200 km finalmente encontramos um posto onde conseguimos tomar banho! Agora apenas faltava encontrar um lugar para dormir. Estávamos tão cansados que até passou pela nossa cabeça pagar um hotel, mas quis o destino ou o costume australiano que isso não acontecesse, pois nenhum dos hotéis que vimos eram 24 horas, então como sempre, acabamos indo para um lugar de camping grátis.

Inicialmente tínhamos planejado ver o amanhecer num lugar chamado London Bridge, mas como estávamos muito cansados preferimos dormir até mais tarde. Quando finalmente começamos a percorrer a “Great Ocean Road”, nossa primeira parada foi em Port Campbell. Onde visitamos duas formações rochosas conhecidas como The Arch e London Bridge, a ultima leva este nome já que parece, ou pelo menos parecia uma ponte, até que as ondas destruíram uma parte da formação original. Na placa do parque dá pra ver como era.





















Mais tarde seguimos e paramos no Loch and George, onde fizemos varias trilhas curtinhas para ver as distintas formações rochosas de todos os ângulos possíveis. Fomes até uma praia, infelizmente como se pode ver pelas roupas da Machi o clima não ajudava muito para tomar um banho de mar, mesmo sendo no final de Dezembro.





















Continuando começamos a ver os 12 apóstolos, que atualmente são só 8, umas formações rochosas ao longo da costa, muito bonitas e interessantes. Todo faz parte de vários parques nacionais, que estão muito bem cuidados, diga-se de passagem.





















Uma vez terminada a nossa visita aos 12 apóstolos continuamos, pois a grande atração era essa, dirigir e ir parando ao longo da estrada. Enquanto íamos rumo a nossa próxima parada conhecida como Freddy Lookout vimos uns coalas selvagens do lado da estrada, isso foi muito emocionante, pois até então não tínhamos visto nenhum coala selvagem. Também vimos muitos pássaros que aproveitavam a comida oferecida pelos turistas num parador. Depois de brincar um pouco com eles seguimos viagem procurando um lugar para passar a noite.



No dia seguinte fomos direto a Melbourne para nos encontrar com uma amiga japonesa e, além disso, conhecer um pouco da cidade. Conhecemos Fitzroy que é um bairro com muitos grafites que são muito maneiros, depois visitamos St Kilda, que fica na costa, ali pudemos ver uma colônia de pinguins que mora na costa. Depois dessa rápida passada pela cidade continuamos viagem procurando um lugar onde dormir. Desta vez encontramos um posto sensacional, com tudo à disposição chuveiro, tomadas e até um Hungry Jacks, a versão australiana do Burguer King, por algum motivo que não sabemos qual é nesse país BK tem outro nome, o resto é exatamente igual. 





















No dia seguinte tínhamos planejado seguir viagem rumo a Sydney, mas começamos com o pé esquerdo já que a campervan não pegava de jeito nenhum. Mas uma lição aprendida, depois de esperar o mecânico por umas duas horas para que ele chegasse e resolvesse o problema em cinco minutos. O que houve? O conector da bateria estava frouxo, só isso! O resto do dia, só viajamos e vimos o por do sol em Genoa, a última cidade do Estado de Vitoria.



No dia seguinte fomos ver o amanhecer numa praia conhecida como Horse Head, que é um grupo de formações rochosas bem interessantes. Uma pena que não conseguimos chegar a tempo, deveríamos ter chegado no máximo até as 04:30 hs, fica pra próxima. Seguindo viagem rumo a Narooma, o terceiro e pior percalço automobilístico da viagem!  Ficamos sem gasolina, pois Ubaldo esperava que a luz de reserva funcionasse, avisando que tinha pouco combustível. Acontece que a luz ou então o sensor não funcionavam, tal vez os dois, quem sabe.

Resumindo a historia, Ubaldo teve que ir procurar gasolina na cidade mais perto depois de ouvir muito e ver muita cara feia! Mas o pior foi que gastou 15 dólares num recipiente adequado para o transporte de combustível e 5 dólares em gasolina. Como já devem estar imaginando, na Austrália não é permitido carregar gasolina em garrafas pet.


Uma vez resolvido o problema, seguimos rumo a Jarvis Bay, onde é possível apreciar algumas das praias com a areia mais branca do mundo ou alguma coisa do tipo, infelizmente no dia em que fomos estava muito nublado e não deu para apreciar as praias completamente.

No dia seguinte saímos rumo a Sydney, afinal o réveillon estava se aproximando, pelo caminho vimos cangurus, muitos pássaros diferentes e o que acreditamos serem lhamas, sim lhamas! Só não sabemos como fizeram para chegar desde os Andes até a Austrália! Finalmente chegamos a Sydney no dia 30 de dezembro, então só dedicamos esses últimos dias no país a descansar e planejar.





















Último dia do ano!!! Em primeiro lugar dormimos muito, fazia dias que não dormíamos numa cama de verdade. Depois fomos caçar algum lugar com wifi grátis pra atualizarmos sobre as noticias do mundo e continuar planejando a viagem.

No próximo post como é passar o réveillon em Sydney!

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